quinta-feira, 21 de agosto de 2008

SOU VEGETARIANA. E DAÍ?

Por Carmen Doria
Muitos estranham o motivo pelo qual deixei de comer carne há três anos e até brincam dizendo que só me alimento de “mato”, o que não é verdade, pois além de legumes e verduras fazerem parte do meu dia-a-dia, acrescento também quibe, hambúrguer, almôndegas, tudo feito de soja. Além de nutritivo é uma delícia. Pois bem. A carne não faz mais parte do meu cardápio porque não agüento ver o sofrimento dos animais. Não acho necessário matar milhares de inocentes apenas para saborear uma picanha suculenta ou um peixe assado. Teve gente que até se surpreendeu quando soube que eu também não comia peixe e perguntou: “Você não come peixe? Mas ele sente dor?”. Eu respondi: “É claro. Ele se sente sufocado”.Mas, para deixar de se alimentar de carne, é necessário fazer um check-up para saber se está tudo bem com a saúde e seguir a dieta feita por um nutricionista. Não façam como eu, que parei da noite para o dia e fui parar no hospital.
Vejam a opinião das pessoas:
A publicitária Cristiane Pereira, 30 anos, conta como se tornou vegetariana. “Desde junho de 2006, quando um colega vegano me deixou curiosa. Daí comecei a pesquisar e assistir vídeos na net. Acabei tomando consciência de que ser vegetariana era mais do que não comer carne, era não compartilhar com a crueldade”. De acordo com a Cristiane, a mãe e o namorado aceitaram bem, mas o pai não aceita até hoje. “Meu namorado me conheceu vegetariana, e respeita minha decisão. Quando comemos fora nós respeitamos a individualidade, pedindo coisas separadas e às vezes ele me acompanha no vegetarianismo”. Cristiane revela que após a mudança alimentar, ficou com mais disposição e acha que o vegetarianismo é o ideal para a alimentação consciente humana. “Está a cada dia ganhando mais adeptos, mas ninguém deve forçar ninguém, cada um ao seu tempo pensa na ética e decide o que é certo e errado, misturando emoções a isso tudo”. Da mesma opinião é a administradora de empresas Giselle Alves de Souza, 35 anos, que tem uma filha de três anos e meio. Segundo ela, o vegetarianismo é a melhor coisa que aconteceu em sua vida, não sendo apenas uma opção alimentar, como também um estilo de vida. “Passamos a ser mais generosos. É uma questão de evolução de espírito mesmo”. Giselle se tornou vegetariana no início deste ano, quando resolveu, “por bricandeira”, comprar o livro Magra & Poderosa, escrito por Rory Freedman - Kim Barnouin , decidiu se tornar vegetariana. “Digo na brincadeira porque comprei no objetivo de me tornar literalmente magra e poderosa”, conta, sorrindo, a administradora. Mas, “caí da cadeira. O título é até fútil pelo conteúdo do livro e fez com que minha ficha caísse na hora. Li o livro em dois dias e resolvi no dia seguinte que seria vegetariana. No entanto, ao tomar essa decisão, a família ficou chocada, mas hoje aceitam essa opção dela. “As piadas até diminuíram, por conta disso meu irmão se tornou vegetariano e minha irmã está quase lá, ainda come peixe. Depois de assistirem o dvd da Carne é Fraca, eles ficaram pasmos”, conta. Em relação ao marido, a administradora afirma que aceitou tranquilamente e que quando sai com ela, come comida vegetariana. Com a filha, Giselle explica que “a vaquinha, o franguinho e o peixinho, todos eles choram muito se comermos aquela carne”. De acordo com a mãe, a menina entende na medida que a idade dela permite tal compreensão. Mas, ressalta que vai deixá-la livre para escolher esse modo de vida. “Acredito fielmente que essa é a alimentação do futuro e que tende sim a ter mais adeptos principalmente dos mais jovens. O meio ambiente clama por isso e o planeta não terá outra escolha”. Porém, há quem não vive sem um bifinho. Esse é o caso da digitadora Camila Oliveira, 30 anos. “Não sou contra vegetarianismo. Aceito numa boa, mas jamais me tornaria vegetariana, pois não consigo viver só de legumes, frutas e verduras”. Camila tem duas amigas que são vegetarianas e respeita o estilo de vida delas. Perguntada se algum dia ao se tornar vegetariana, a família dela reagiria positivamente, ela respondeu que sem problemas. Da mesma forma agiria a família da professora Andréa Quartieri, 38 anos, que não aprecia muito a carne vermelha, mas adora peixe. “Como de vez em quando carne, mas nunca pensei em me tornar vegetariana”. Para saber mais sobre vegetarianismo acesse: http://pt.wikipedia.org/wiki/Veganismo