quinta-feira, 2 de outubro de 2008

HORA DE BRINCAR COM TAMPINHA

Texto: Carmen Doria Foto: Divulgação
O amor pela arte corre no sangue de Paulo Ricardo Bonavides, 17 anos, mais conhecido como Tampinha, o palhaço do grupo de animação Hora de Brincar, que faz a alegria de crianças e adultos. Tampinha conta que desde pequeno, quando ia a aniversários, ao invés de brincar como outras crianças, observava tudo que o palhaço fazia para posteriormente agir exatamente igual ao outro. “Quando tinha seis anos me apresentei pela primeira vez, para 200 crianças, na Casa da Criança”, conta. A trajetória do jovem palhaço, que estuda no 3º ano do ensino médio, é brindada por reconhecimento e apoio dos pais, principalmente da mãe, Dona Marta, professora da rede pública de ensino, que o levava às escolas para se apresentar, de forma voluntária. “Todo ano minha mãe estava em uma escola nova e eu sempre ia junto com ela, mas ela sempre fala que o ensino está em primeiro lugar. O pior castigo para mim era quando tirava nota baixa e ela não me deixava me apresentar”, afirma.O estudante relembra que seus pais, grande incentivadores de seu trabalho, já se apresentavam em eventos. “Minha mãe pertencia ao grupo de animação Salada Mista e meu pai imitava Os Menudos”.

COMO TUDO COMEÇOU

Texto: Carmen Doria Foto: Divulgação Tampinha conta que tinha 10 anos quando encontrou com um amigo no Hipermecado Extra e este o convidou para trabalhar no grupo de animação em que ele atuava. Lá, o rapaz aprendeu técnicas de maquiagem e brincadeiras. Depois, tendo seu trabalho reconhecido, o próprio amigo o indicou para outro grupo e Tampinha ficou até os 15 anos. “Minha mãe viu que estava dando certo, então decidiu montar o grupo Hora de Brincar, que hoje conta com 33 funcionários e já fez mais de duas mil apresentações por ano”. O jovem empreendedor revela que tem que ter disciplina, responsabilidade e explica como funciona a empresa. “Nove funcionários estudam comigo no ensino médio e prezamos muito a responsabilidade e o respeito aos clientes”. Ele conta que teve dois casos em que os funcionários faltaram nas apresentações. “A primeira ausência já desligamos o integrante do grupo. É chato deixar o dono da festa esperando”. Tampinha explica que o grupo chega com uma hora e meia de antecedência para se maquiar, se vestir, deixar tudo preparado para a festa. A empresa conta com 250 fantasias, que são impecavelmente bem cuidadas por Dona Marta. “Quando usamos a fantasia, minha mãe lava, passa e deixa no cabide para a próxima apresentação”. Também se apresentam para todos os tipos de classes sociais. “Já estivemos no Santa Cruz dos Navegantes, Guarujá, Colégio Itá, empresas como Cosipa e Hotel Jequitimar, do grupo Silvio Santos”. Ele ressalta que quem possui menor ou maior poder aquisitivo vai pagar a mesma coisa. O que vai diferenciar é o que o cliente vai querer na festa. “Temos teatro de fantoches, vários personagens, desde os clássicos, como a Branca de Neve, Turma da Mônica passando pelos atuais, Backyardigans e Cocoricó”. Mesmo com quase dois anos de existência, o grupo, que vai fazer aniversário em 1º de outubro próximo, conta com costureira própria e conseguiu veículo para levá-los aos eventos. Tampinha também lembra que toda festa é uma nova experiência. “A gente segue um roteiro, mas ao chegarmos numa festa tudo pode acontecer.” Foi o caso em que todos eram surdos e mudos e eles, no improviso, conseguiram alegrar a todos, com mímicas e brincadeiras. Os estudos, para o jovem rapaz, seguem lado a lado com a empresa. “Na escola, pedimos para aplicarem provas em outra data. Por exemplo, na semana da Criança, agora, estamos com a agenda lotada e a direção do colégio tem essa sensibilidade de nos ajudar”. Para o futuro, Tampinha já sabe qual função exercer, além de animador. “Vou fazer odontologia. Serei um dentista palhaço”, diz, sorridente.
Contato: (13) 2202-8378 Perfil no Orkut – Hora de Brincar Animação Infantil.